segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Moralidade consciente em visão da Psicologia - Eduardo Feltraco


John B. Watson 

Teria como ponto de partida o fato de que o organismo se integre no ambiente por meio de equipamentos habituais já adaptados e nunca mudados – já selecionados. A linguagem e pensamento é a forma do ego, de parte consciente e inconsciente, completada pelo padrão moral do superego. De onde surgiu o superego? Surgiu da moralidade. Mas onde surgiu a moralidade? Já estando condicionado no próprio ambiente com equipamentos hereditários, partindo de um princípio único, o padrão moral já nasceu em nós. É preciso aprender métodos (um manual de condicionamento, que nós cristãos chamamos de Bíblia) para controlar o comportamento moral e ético, “pois você não pode saber se há algo especial em você, se não ir à busca da descoberta” (John B. Watson). É claro que não podemos deixar de lado Freud com as tópicas e as lições da psicanálise.

William McDougal 

Ora sabemos que a memória não se mantém ao natural, a afirmação de Francis Galton e Darwin sobre o naturalismo da memória consciente, foi deixada de lado, não por sendo algo naturalista, mas por ser algo mostrado sem lógica cientifica experimental, que hoje conhecemos como “o homem é um produto do meio onde vive”, foia quebra do mito contemporâneo de que um homem era igual uma tabula rasa e branca que precisava a ser constituída. A consciência nunca foi mudada, apalpada, sentida, vista ou cheirada. Com as ideias de William McDougall a consciência moral do homem, relacionado ao superego, já vieram prontas, pelo condicionamento respondente positivo, de Pavlov, retirando a ideia da teoria naturalista de Galton e Darwin que o ser humano precisava entrar em acordos para estabelecer padrões da moralidade a ser seguidos. Segundo Watson e McDougall o homem já nasce pronto para agir, complementado pela analítica de Jung, que diz que o homem deve ser analisado na integridade social.

Watson e McDougall  

Em questão behaviorista, o “reforço” tanto operante positivo, indica que há um padrão moral a ser seguindo, recompensado, desde sempre, mesmo que o ID não reconheça, pela ação do recalque e resistência, o padrão moral já é estabelecido, foi às ideias brilhantes de Watson e McDougall que mostraram isso à psicologia moral consciente, mesmo deixando de lado a consciência, para adotar o comportamentalismo experimental e observável. Esse condicionamento moral já padronizado desde sempre, requer um estímulo (reforço operante positivo), que nós cristãos chamamos de salvação, que é compatível pela ideia do reforço positivo.

Eles dois não fizeram muita alusão da consciência, mas com essas ideias, eles contribuíram que o homem já nasceu num padrão moral. Ora e não tem outro campo que pode abordar a consciência com precisão se não a psicologia social adotada por ambos. Eles nãos usavam o ser mental e consciente, porém isso não invalidou essa análise precisa, incluindo que a consciência nunca foi movida, sempre teve seu padrão moral, indicando que é o ser humano que se desvia da razão do certo para o errado e se corrompe eticamente.

Isso foi confirmado também por Jacques Loeb com a zoologia, mostrando que os animais podem ser condicionados por nós, mas nós não podemos ser condicionados pelos animais, essa é mais uma ideia, provada em laboratório, que a teoria naturalista da consciência de Darwin e Galton falhou, nesse aspecto.

Mais uma ideia, agora de Thorndike que mostrou a prova moral que faltava: aprender é estabelecer conexões com um padrão moral, convencido que a repetição é uma resposta ineficaz, mas que a resposta em termos de recompensa (salvação para os cristãos) é a resposta eficaz que comprova isso. Ele provou isso junto de Pavlov com a psicologia animal condicionada, em seu laboratório experimental.

Para fechar, uma ultima ideia, filosófica e mental, comprovada por William James, que os seres humanos não são criaturas inteiramente racionais devido a fatores emocionais e pulsivos do ID, o que não nos daria chance de entrar em uma solução moral num todo a um acordo, por esses movimentos funcionais serem negativos.

Conclusão 

Tais princípios estão intrínsecos em sua própria concepção. Todo ser humano possui uma consciência entre o certo e o errado. Este conceito de certo e errado sempre esteve ligado à consciência humana, o que lhe traz conhecimento pleno da prática de seus atos e o faz distinguir o que é O BEM e o que é O MAL. Como vimos que a memória é conectada à consciência, logo a consciência não muda, pois não é algo orgânico capaz de viver ligado à natureza biológica, física ou química. É o reforço respondente (involuntário – já padronizado e imutável por nós) e positivo (recompensa – ser salvo ou abençoado) que faz todo esse papel, a saber, que a moral nasceu já com nós, pronta para ser agida nesse padrão, como Watson e McDougall comprovaram experimentalmente e observável.

Como dito, é o ser humano que corrompe seus valores éticos, não pela cultura, mas sim pela quebra desses padrões. Ora, trazendo a tona, essa consciência, tendo diferença dos animas, não poderíamos termos vindo deles, pois ambas não correlacionam conscientemente, foi o que Pavlov e Jacques Loeb mostraram também experimentalmente, a consciência humana não teria evoluído, mas sim ter sido mais bem reconhecida as suas razões, trazidas a tona pelo estudo da “Psicanálise e Superego Moral”. Ambos os estudos citados acima foram comprovados pela ciência forense Americana e Alemã em laboratórios. Nas cidades de Chicago e Frankfurt.

Pois bem, nós podemos sim estimular um condicionamento para um animal como mostrado acima, adicionando um reforço positivo. Mas e nós? Sendo a maior capacidade, humana, como sermos condicionados dentro do aspecto do reforço positivo?! Com certeza, com um “estimulador” maior que nós, algo que é muito superior à raça humana, algo imutável e incondicional: Deus!


Eduardo Cappellari Feltraco
02/07/2015 – Tuparendi, RS. Acadêmico de Psicologia, Teologia, Filosofia e Biologia. Conceituado em geologia e princípios paleontológicos pela CERKP. Direitos Reservados pela academia de Psicologia e Psicanálise da UNIJUI ® 
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Referências: 

William McDougall. DictionaryofCanadianBiography Universityof Toronto Press. 1979–2005.

William McDougall Bodyandmind: a historyand a defenseofanimism Methuen, 1911.

Janet Oppenheim The Other World: SpiritualismandPsychicalResearch in England, 1850- 1914 1988, pp. 263-264.

McDougall, William (1960. Firstpublished 1908), AnIntroductionto Social Psychology (23rd ed.)

SCHULTZ, D. P.; Schultz, S. E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Thomson, 2005. Cap. 1, 3, 4, 8, 9 e 12.

Watson, John B. Behavior: Anintroductiontocomparativepsychology. Henry Holt, 1914

Watson, John B (1915). "Recentexperimentswithhomingbirds". Harper's Magazine 131: 457– 64.

Watson, John B. Behaviorism (revisededition). Universityof Chicago Press, 1930.

Watson, J.B. (1903). Animal Education, Chicago: Universityof Chicago Press

Pavlov, I. P. (1897/1902). The workofthedigestiveglands. London: Griffin.

Pavlov, I. P. (1928). Lecturesonconditionedreflexes.(Translatedby W.H. Gantt) London: Allen andUnwin.

Thorndike, Edward Lee (1911), Animal Intelligence, Macmillan.

The novel Arrowsmith, Paul de Kruif (1890-1971) e Jacques Loeb (1859–1924): a literaryportraitof "medical science", H. M. Fangerau, Medical Humanities 32 (2006), pp. 82–87.

Wozniak, Robert H., “Jacques Loeb, ComparativePhysiologyoftheBrain, andComparativePsychology”.

Loeb, J. (1964) The MechanisticConceptionof Life, Massachusetts, The Belknappressof Harvard University Press.

Freud, Sigmund. Volume 11. As cinco lições da psicanálise. Lição 2, 3 e 4.

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